Quando eu tinha seis anos eu me perdi na mata atrás de casa, lembro-me como era frio e como parecia que ninguém nunca viria atrás de mim, lembro de quando sai e apareci de volta na estrada, lembro também daquela velha vã prata, lembro da voz dele, de como suas mãos apertavam o volante, e de como me olhava pelo retrovissor, na verdade me lembro de todos eles cada detalhe insignificante, mais toda vez que eu tento não me lembro de seus rostos, mais ainda me lembro de como eles diziam aquela frase:
- Não pode gritar por socorro, aquele que ninguém sabe que sumiu.
Seja lá oque te contaram sobre mim é mentira, eu não sou aquela garota inocente, não sou o anjo que todos dissem que sou, sou apenas uma sobrevivente que tem medo do dia.
Depois que se passa tanto tempo em um buraco como eu passe o escuro é o único lugar onde pode se esconder, e os dia claros são como o seu último dia de vida.
Mais ainda me lembro de como eles diziam aquela frase:
- Não pode gritar por socorro, aquele que ninguém sabe que sumiu.
XXXXX
-Você sabe como é ter uma arma apontada pra você? - sua voz soava alta, mais que claro que estava alterado e com medo.
-Confia em mim, eu sei muito bem como é a sensação.