Unhas me cortam, dilacerando-me, rasgando minha pele como de fosse um pedaço de carne qualquer. A minha garganta implora por ar, para respirar, ela queima e arde clamando por não me calar. Não posso. Correntes se alastram pelo meu corpo, submetendo cada parte presa, essas correntes invisíveis doem, machucam, marcam e já não é mais possível sarar. Submissa. Estou submissa à sociedade, submissa pessoas, submissa aos padrões e o pior: Submissa à mim. Estou calada, por mas que meus pulmões desejem o ar necessário para o grito mudo. Sim. O grito mudo são os sinais, o olhar avasalador e desesperado, o sorriso já tão industrializado como a sociedade. Socorro. Sou um grito mudo e isso é aterrorizante.All Rights Reserved
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