"Por favor, não - implorou ela com os olhos fechados. Ela podia sentir o hálito quente e na maçã do seu rosto, as pontas dos dedos colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, o calor que desprendia do corpo dele a aquescendo de dentro pra fora. - Por que não? Me dê um bom motivo pequena- disse ele com sua voz baixa e rouca. Em um movimento ele a tinha em seus braços, prensada na parede. Os corpos em completa sintona, as pernas dela em volta de seu quadril, e ele não queria estar em nenhum outro lugar. - Porque eu não conseguiria negar, e isso vai acabar comigo... Com nós dois. E eu não suportaria te ver machucado. - Diz ela com angústia na voz. Ela abre os olhos, o encarando com aquelas profundas órbitas verdes escuras como as folhas de uma árvore sadia. E acima de todos os sentimentos que ele viu ali, foi impossível não reconhecer um deles, algo que não conseguia imaginar nem em seus mais belos sonhos: amor.