Acho que eu sempre soube, desde quando meu pai começou a me ensinar física, eu tinha 10 anos, logo ali percebi que não seria uma criança ''normal'' e sim uma cientista renomada como meus pais. Margarité Jenkswerth e Claude Jenkswerth, uns dos melhores cientistas da astrofísica e biologia da América, eu me orgulho de ser filha deles. Aliás, quem não iria querer pais que gastam milhões com novos telescópios e fazem experiências estranhas? Qualquer criança! Sempre quando observava a conversa de meus pais e seus companheiros de trabalho, eu via ali meu futuro, falando sobre o código de certo vírus, suas formas de proliferação, a gravidade do planeta Terra, a reação do cérebro humano após Lyssavirus ou Flavivirus, qual o resultado mais realista da equação de Drake, quantos anos-luz ele fica distante de nosso sistema.... Quando criança eu achava apenas opcional seguir a carreira científica, mas agora eu vejo que é minha obrigação. Eu sempre fui uma pessoa mais abstrata, totalmente diferente de meus pais e meu irmão Jonas. Eu transformo todo meu conhecimento científico em arte, transformo física em telas, biologia em esculturas, não ligo para equações e sim para a beleza na arte cientifica! Nunca pensei que teria que deixar meu artista abstrato de lado e tornar-me a pessoa mais cética existente, tudo estava agora em minhas mãos. Eu sou o tudo ou o nada.