Esaú e Jacó é o penúltimo livro de Machado de Assis, lançado em 1904, quatro anos antes da sua morte, pela Garnier, e, segundo a maioria dos críticos, em pleno apogeu literário, depois de escrever, em 1899, Dom Casmurro, o mais célebre de seus livros. Esaú e Jacó se destaca por consolidar esta suave maestria no domínio da narrativa. Machado despoja-se da excentricidade ocasional num texto que abandona resquícios do picaresco e envereda num realismo que retoma a melancolia e o lirismo que se iniciara na primeira fase de sua produção literária. Destaque são os personagens muito próximos da vida real.
A ambiguidade narrativa se instaura com o Conselheiro Aires, personagem e narrador, que no entanto, também é visto a partir de uma terceira pessoa. Ele contracena com Natividade, mãe dos gêmeos Pedro e Paulo, que protagonizam este romance. E Machado chega quase à perfeição formal ao estabelecer esta trama fascinante onde os iguais são opostos e concorrentes. Discordam na política, na vida, sempre em campos opostos, um contra o outro, pois Paulo é republicano e ingressa na faculdade de Direito, enquanto Pedro é monarquista e cursa Medicina, mas chegam a cortejar a mesma mulher que fica indecisa entre ambos.
Com tal jogo de opostos, Machado pode retratar um tempo de grande agitação política naqueles finais de século 19, conforme comentava também em crônicas para jornais, não sendo estranho ao livro temas como abolição da escravatura, encilhamento e Estado de sítio, porém o tema melhor abordado e reconhecido é a Proclamação da República.
Conforme tem se analisado, Machado de Assis dá um tom metafórico e relativista ao romance; ou seja, a conclusão final, na dúvida se Paulo e Pedro são iguais ou diferentes, está contida o fato de que república e monarquia são mera questão partidária de interesses de grupos políticos que desejam mera troca de poder.
Onde Júlia consegue um estágio na Supernova, mas um certo japa tatuado se torna seu maior desafio.
"De canto, não quero destacar, ganho que cê já ficou na minha. Mas um moleque bom como eu, é muito bom de ler entrelinhas"
Julia Kaminari era uma garota comum, criativa e cheia de sonhos, que passava seus dias entre a escola e a criação de conteúdo pra internet. Até que um vídeo seu, em que misturava seu humor duvidoso e seu jeitinho meigo enquanto se arrumava, viralizou no TikTok. Em pouco tempo, Julia viu sua vida mudar completamente, o aumento de seguidores proporcionou uma mudança de vida pra garota que passou a ganhar novas oportunidades mudando sua vida. Entretanto, Apesar da popularidade e de algumas parcerias, sua renda ainda não era estável, e a insegurança financeira a deixava preocupada. Por isso quando a garota recebeu a oportunidade de estagiar na gravadora Supernova, não hesitou em aceitar a oportunidade.
Mas a nova fase vem acompanhada de um desafio inesperado: Ghard, um dos garotos da produtora. De olhos puxados e jeito implicante ele parece determinado a contrariar com cada decisão e atitude dela. Entre provocações e olhares intensos, o garoto de personalidade forte e enigmática mexe com Kaminari de uma forma que ela não esperava. E embora o clima entre eles comece com faíscas de pura rivalidade, logo ela percebe que há mais por trás da implicância dele.
Julia terá que enfrentar não só os desafios de estar numa produtora tão conhecida,e com o desejo de crescer como influenciadora, mas também o coração em conflito diante desse enigma que é Ghard. Entre brigas, provocações a garota descobre que, às vezes pra conhecer mesmo uma pessoa precisamos ler as entrelinhas.