A poesia asfixia-se nas gargantas que não têm nada a dizer. O amor se liquefaz em meio às cartas sem sentido. A nostalgia vaga numa linha de trem abandonada. As pessoas caminham mortas sem rumo. O poema jogado ao beco. A prosa em meio às fábricas. A lembrança sem referente. As ruas a lugar nenhum. O jornal que ninguém lê anuncia o fim do mundo. O livro de Márcio Watanabe se abre.