As mulheres que eu Amei____
*A primeira* era minha colega de sala no jardim da infância. Não conseguia descrever até naquele momento as estruturas citoplasmáticas daquele arquitetônico corpo pois a inofensiva consciência de adolescente me punha indiscreto a esses detalhes anatômicos mas, ela era linda, tinha um olhar simpático e uma voz de infinita Constelação de Sabor. Ela tinha o pausar de uma ursa no inverno e de uma gazela no verão. Ela chegava e Sorria, chegava e sorria inúmeras vezes construindo em mim, uma ilimitada cadeia de dopamina. Nas encruzilhadas das minhas emoções se descreviam as CDK que, a reconhecia como perfeita e sem mácula. Então eu a amei no silêncio, a Amei naquela borbulhada e tenebrosa tempestade ensopada de medo e e timidez. No entanto ela se tornara minha amiga dos banquetes de sorrisos. Mas, o tempo a levou de mim sem mesmo ela saber de mim até nunca mais.
A * segunda* era a minha vizinha; ela era tímida como eu e grandiosa como ninguém. Ela foi a mulher das cartas de papel, e das dedicatórias na rádio. Ela tinha um olhar sublime e um andar medonho próprio de quem se envaidece na paixão. Trocamos olhares variadas vezes e nas inúmeras vezes nos perdemos no deserto daquela acomodação visual e as palavras se perdiam nas vezes que nos depararemos na rua ou no jardim daquele bairro de tesouros. A criança dentro de mim era pequena demais para suportar a estrondosa tempestade de sentimentos que se prescreviam dentro de mim; não a beijei, não a abracei. Éramos apenas duas crianças que não sabiam o que fazer com o que sentiam. Até que o destino reapareceu naquele dia e a tomou até nunca mais.
A *terceira * era a minha colega no ensino secundário. Tínhamos as carteiras quase juntas e os sentimentos também. Ela era a incrível mulher da cidade azul da baixa daquelas ruas acadêmicas porém, era mais ousada e tinha as suas emoções já construídas. Eu, apesar de ser um bravo homem nas ruas, me sentia