Meu corpo faz-se lar para minhas intermináveis estações. Em mim habitam os verões mais intensos os invernos mais congelantes os outonos mais poéticos as primaveras mais floridas. Habituo-me à essa inconstância, decifro-me à medida que meus versos vão formando a poesia do meu ser. Redecoro minha alma com cores vibrantes, enquanto acalento meu coração com a beleza das flores há beleza em tudo que vejo há flores enraizadas no meu ser. As estações pulsam pelas minhas veias, tornando-me perfeitamente indecifrável.
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