Em meus 30 anos de vida, eu jurei que não havia visão mais linda além do amanhecer. Aquele alaranjado que se inicia em um lugar imensamente distante e logo, com toda sua beleza, colore todo o céu com seus raios e logo, toma conta dele por completo. Eu, jamais, achei que houvesse algo digno de ser chamado de beleza além daquilo...
Até eu ter uma mulher de 1,57 diante da minha cortina.
As cascatas rosas que seguiam em cachos perfeitos até próximo de sua cintura, o nariz que aparentava ter sido feito com imensa delicadeza e dedicação, os lábios levemente carnudos.
Usando apenas uma de minhas camisetas que ela a citava como favorita, ela as abria com cuidado. Claro, ela tinha receio de me acordar e apesar de ser uma grande admiradora, sabia o quanto o sol conseguia incomodar meus olhos, não importa a ocasião.
O que ela não sabia, e eu agradecia imensamente, é que eu já estava acordada. Eu estava acordada e admirando como uma de suas simples ações era a coisa mais admirável que eu já tinha visto em minha vida. Como até a sua escolha de cor de cabelo era algo adorável, como até mesmo a maneira que uma peça de roupa minha parecia ficar melhor em seu corpo.
Mais uma vez, eu tinha muito achismo que eu considerava impossíveis de serem superados,
até o dia em que eu a conheci.