Ela, Cigana. Sou mulher do tempo, guiada pelo vento. Sou mulher do Sol, amante da Lua. Sou mulher da rua. Sou mulher da luz e da escuridão, minha casa é a imensidão. Sou feiticeira antigamente perseguida, mas ainda, por muitos, temida. Sou andarilha sempre em busca, guerreira sempre na luta. Sou mulher de escolhas e de opinião, vejo o destino na palma da mão. Sou mulher de muitas diretrizes, traçada por muitas cicatrizes. Sou mulher de corpo frágil, mas de alma forte. Sou a força de toda uma vida e a prova da inexistência da morte. Se um dia eu cruzar seu caminho agradeça, moço, poucos têm essa sorte.