Um Jardim Para Rubinho

No início da vida, encontrar e perder o amor verdadeiro ao mesmo tempo, deveria levar alguém a loucura. Da onde vem a força para continuar? Da onde vem a vontade de recomeçar?
Apesar de muito jovem, Rubens Aguiar, chamado por todos carinhosamente de Rubinho, soube ter o equilíbrio necessário para não quebrar e seguir em frente após sua Silvia tirar a própria vida tão jovem porque foram impedidos de viverem o amor. O julgamento não foi apenas pela a pouca idade, mas por algo julgado sujo, impuro e inapropriado aos olhos dos outros. Eram primos. Suas famílias moravam no mesmo quintal. O resultado da intolerância familiar acabou por levar Silvia a cometer o pior dos atos. Deixou Rubinho por não aguentar imaginar uma vida sem ele. Ele passou a viver uma batalha íntima entre a culpa, a procura de respostas e a paz na certeza do reencontro. Tudo estava caminhando de certa forma bem até problemas com o trabalho o forçarem a voltar para sua antiga cidade. Mesmo chateado com os acontecimentos e com os pensamentos em Silvia aumentando, Rubinho continuou perseverante. Um novo emprego, uma nova casa e, no caminho, uma praça e um jardim. As coisas estavam se acomodando. Até que entre as flores deste jardim inexplicavelmente ele reencontrou a paz e a harmonia que precisava. Afinal, nessa vida não encontraria mais sua Silvia, mas ela o queria feliz.
Será que ao ajudar duas mulheres, primas uma da outra, que sofrem com os contras de serem imigrantes, fugidas de seu país em ruínas para tentar uma vida mais digna e saudável, poderá trazer sua felicidade de volta?
Se o inexplicável pode ser surpreendente, então, tudo pode acontecer!