Eu Não Fui Extraordinário

Samantha Lancaster é uma pessoa silenciosa. Não gosta de festas, tem jogos solitários, tradições esquisitas e apostas pessoais. Uma delas é tentar continuar viva e achar um bom motivo para isso.
Em Harbour Bay, os domingos são dias suicidas. As sextas feiras são calorosas, cheias de vida, adolescentes caindo bêbados no asfalto e festas insanas. Os feriados celebrados são, no mínimo, estranhos.
Durante o feriado do Fim do Mundo, Samantha se convence de que achar um companheiro para o juízo final que não seja seu gato siamês talvez possa ser uma boa ideia.
Seu melhor amigo, Leonhard Dreyfus, está disposto a experimentar coisas novas. Só não espera que seja beijar rapazes. Também não espera gostar e muito menos ter que lidar com as consequências da auto aceitação.
E do outro lado da cidade, Charlotte Mendonza, de galochas amarelas e um sorriso cativante, só quer ir para um lugar no qual seus pais em pé de guerra não atirem coisas na parede.
(Não se sentir tão sozinha)
Fazer novos amigos é assustador. Descobrir o mundo é uma tarefa extremamente difícil. Deixá-lo partir seu coração, pior ainda. Ele vai te cortar em pedacinhos.
Sam costuma dizer que os momentos bons e ruins são questão de trilha sonora. Escolha a música certa e talvez não seja tão caótico. A vida real é um purgatório, mas o paraíso é apenas uma questão de perspectiva.