Lia foi levada rapidamente para seu quarto onde uma equipe já estava à sua espera. Ela mal teve tempo de respirar e se movimentava como se estivesse no modo automático de sua vida. Concordava com tudo e deixava que fizessem seu trabalho. As horas corriam e quando percebeu encarava sua imagem no espelho sem se reconhecer. Passava a mão delicadamente pelo tecido branco observando cada detalhe. A maquiagem que Marília, sua madrinha, fez tanta questão de fazer, o penteado que lembrou que fora escolha de sua mãe, a pequena tiara também. Ela estava parecendo uma princesa. Uma princesa de papel, um fantoche em seu momento de glória. Ali estava ela, a personificação dos sonhos de sua mãe.