Guardo comigo as doces lembranças, da minha infância, tudo que vivi...
Relembro os grandes momentos de outrora, na minha escola onde fui feliz...
A casa de taipa era tão simplisinha, e lá na cozinha só tinha feijão, mas tive uma infância feliz, pois não me faltava amor no coração...
Meu pai tão contente indo para o roçado, minha mãe do lado com tanta alegria, deixavam a gente sozinhos em casa e quando chegavam não tinha energia...
Eu via em seus olhos a grande bravura, pois a terra dura ruim de plantar. Pedia chorando pra Deus mandar chuva, pra em nossa mesa nada faltar...
O tempo passou e eles foram embora, pra cidade grande, civilização. mas lá sei que ele deixou um pedaço do seu coração...
Mesmo com tanto sofrimento que nós passamos naquele sertão, hoje eles choram querendo voltar pro seu velho torrão.
-Guilherme De Lima