Papai dizia que a floresta perto de casa era um lugar perigoso, mamãe dizia a mesma coisa e os vizinhos - um bando de fofoqueiros - sempre que podiam comentavam que sempre que alguém pisava ali nunca mais voltava, diziam que era assombrada, que uma fera ali morava e adorava devorar os corpos das crianças até que esses estivessem estraçalhados.
Aqueles comentarios pelo menos para mim eram besteira de gente velha, histórias para assustar crianças ou apenas uma tentativa de manter os filhos na linha algo que na maioria das vezes dava certo e outras não, pois mesmo sendo uma cidade pequena era o lar de muitos espíritos ousados que adoravam quebrar regras. Não acreditava em nada, eram apenas firulas ditas de boca para fora. Uma vez quando papai e mamãe dormiam, andei com cuidado até a janela do quarto e enquanto uma tempestade acontecia do lado de fora eu observava segura em meu quarto o vento chicotear sem piedade alguma as árvores, levantei um pouco a cabeça e consegui ver a lua cheia iluminar parte da floresta. Inocente como quase sempre, sorri achando aquela cena algo fantástico.
Abaixei um pouco o olhar - ainda com os olhos fixos naquele cenário catastrófico - pude observar um par de olhos vermelhos me observando de longe de início achei que fosse apenas minha imaginação e não liguei para aquilo, me deitei novamente na cama dessa vez para dormir desejando imensamente que fosse apenas um pesadelo,"Venha comigo criança, venha comigo criança vamos nos divertir nessa noite sombria" murmurou balançando um pouco os dedos finos.
(CONCLUÍDA)
Livro Um
"Não é que seja proibido... é porque é real"
Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar tudo que tem, ou que vai ter, por algo que nem planejou sentir?
Helena nunca imaginei mudar de país e cair nos braços do cara mais arrogante da cidade. Só que quanto mais ela tenta fugir do que sente, mais ele entra em sua cabeça.
E, então... não tem mais para onde correr.