O tic tac do relógio me atormentava, cada segundo que passava meu nervosismo aumentava. Eu estava nas mãos dele, por causa de um maldito contrato, mas eu faria tudo por ela, minha mãe sempre vai ser tudo para mim e eu vou lutar por ela.
Respiro fundo pra tentar me acalmar, sinto a gota de suor descer pelo meu rosto, mas as minhas mãos no volante me impedem de limpa-la, vejo uma mulher ir para frente dos carros, escuto o barulho do motor dos outros carros como forma de se exibir, ela coloca as mãos nas costas para retirar o sutiã, o levanta, conto mentalmente os três segundos para começar a largada, vejo a peça abaixar e automaticamente piso no acelerador.
Cada rua, cada curva, cada acelerada, me deixava mais nervosa, eu fazia aquilo a anos, mas nunca competi. Correr sempre foi um hobby, mas nunca pensei que se tornaria uma prisão. Eu não podia demostrar, mas eu tinha medo, tinha medo do que eles poderiam fazer comigo se perdesse, o que poderiam fazer com meu pais.
Eu prometi não me envolver, mas era impossível. A única coisa que eu não acreditava era que se você entra no tráfico, você não sai.
No final só espero que Deus perdoe meus pecados.All Rights Reserved