Querida Doutora | H.S

Saber separar vida pessoal de trabalho, é algo essencial para ser bem sucedido em ambos. E foi isso que eu sempre tentei fazer.

Ter concentração, disciplina e muita confiança no que faz, é o que aprendi quando quis cursar medicina. Sempre fui muito dedicada aos estudos e aos 25 anos, consegui finalmente me tornar a doutora que tanto sonhei.

"Doutora Smith, ele está tendo uma parada cardíaca - o enfermeiro de plantão grita e imediatamente corro para o quarto do meu mais novo paciente.

- Pegue imediatamente o desfibrilador e carregue em 200 - imediatamente abro a roupa do hospital do paciente e começo a fazer massagem cardíaca nele.

- está pronto Doutora - Roni o medico que está junto comigo no caso me informa e imediatamente começo a fazer tentativas repetidas de não deixar uma pessoa morrer.

Sei que meu trabalho é esse e nem sempre conseguimos salvar vidas, mas eu realmente odeio perde-las, é um sentimento de impotência mesmo sabendo que sou em parte responsável por suas vidas, mas nem sempre é o que eu quero que prevalece. Quando decidi ser medica, meus pais super apoiaram, mas é claro que eles iriam apoiar, eles foram uns dos maiores médicos que esse país já viu, ou seja, eu só estava seguindo o legado da família, mas a realidade é que eu era apaixonada por essa vida desde que eu era bem pequena e meus pais sempre deixaram bem claro que nem sempre vamos conseguir salvar todos.

- vamos Harry, você não pode ir, não agora, sua família está aqui e eles precisam de você, reage por favor - digo a ele na esperança de me ouvir - aumenta para 300.

- carregado Doutora - o enfermeiro grita."