O livro retrata a história da Família Prado vindo para o Brasil juntamente com a Família Real, em 1808. Como o negócio dos Prados era comercializar produtos exóticos junto à corte portuguesa, somente um quinto desta corte conseguiu embarcar para o Brasil, ficando prejudicado as vendas dos Prados. Um dos filhos, Joaquim Prado, parte para o interior Paulista em busca de oportunidades de negócio e acaba fincando sua vida na cidade de Campinas. Aqui, ele adquire terras e começa a se transformar em um dos maiores produtores e comerciantes de cana de açúcar. Joaquim se torna um grande proprietário de escravos, abusando e torturando seus escravos e escravas. Seu filho, Fabrício, médico afamado, também se torna grande proprietário de terras com a plantação de café e possuidor de muitos escravos, porém tem outra postura diante deles, não pratica tortura e se torna um abolicionista. O enredo é sobre fatos e personagens históricos, cabendo ao autor criar algumas circunstâncias narrativas para melhor entendimento da realidade. Nossos livros escolares, logo oficiais, retratam um Brasil ilusório, escamoteando os sofrimentos dos negros e dos índios. Este período brasileiro deixa uma grande dívida aos povos africanos, pela desonra causada a eles. Este livro faz registro desta dívida, destacando momentos torturantes e doloridos aos africanos.