Eu despertei em um local desconhecido. Havia uma agulha espetada em minha mão, cabos conectados aos meus braços e ao meu peito, além de uma máquina que apitava pausadamente. Um olhar mais amplo ao ambiente revelava o quarto de cor azul bem clarinho, com uma decoração branca, exceto pelo vermelho da pequena flor no criado-mudo. Minha primeira conclusão era óbvia: eu não estava em casa. As máquinas eram muito simples para serem de Sephsa e aquele quarto nem era da sala em que Sephsa trabalhava. Zedar não estava ali como toda a vez em que eu ficava doente e Tei não tinha arranhado meu rosto como em toda vez que eu dormia demais. Aquilo não poderia ser minha casa. Ao olhar o lado de fora, cheguei à minha segunda conclusão: eu não estava em meu planeta natal. A única estrela brilhava intensa e diretamente no interior do quarto, os automóveis ferviam barulhentos do lado de fora e a vegetação abundante coloria e perfumava. Nada daquilo parecia com meu planeta, que tinha duas estrelas, Kotka e Ptoiá, ninguém mais usava de outro meio de locomoção além dos próprios pés e toda forma de vida vegetal tinha sido extinta e substituída por equipamentos de purificação há décadas. • • • • • • • Novera está longe de ser normal. Nascida após uma guerra que instaurou uma ditadura, ela se vê ameaçada quando sua "familia" descobre que ela tem pensamentos revolucionários e ela é obrigada a tomar medidas extremas para conseguir sobreviver.