[...] Até que ponto tomamos nossas decisões sobre o que é realmente razoável? Quando estamos afetados pelo amor, será que estamos aptos a tomar certas decisões? Ou simplesmente, por definição, aceitamos que o amor deva ser assim... desconhecido e incompreensível? Devemos nos entregar a essa confiança tão irracional no outro? O outro merecerá essa confiança? Talvez. Mas, talvez, ele também caia junto com você, simplesmente assim. Egoísmo? Talvez. Confusão? Desatino? Não são esses certos atributos do amor? Muitas vezes não ficamos cegos quando algumas de nossas emoções manifestam-se com mais furor? O amor é um desses casos. Às vezes, não vemos o que todos conseguem ver, o que está muito evidente. Por quê? Esse leve ingrediente de loucura destempera a nossa razão e não conseguimos ver o mundo com nitidez. Mas, algumas vezes, é exatamente essa pitada de destempero que nos faz perceber o valor de uma pessoa também. As coisas não são preto no branco, escritas em linhas certas, num roteiro com começo, meio e fim. Você é quem define sua trajetória. E, finalmente, é graças a essa insensatez que todos nos apaixonamos. Ou, talvez, o começo seja o fim de algo quando realmente entendemos sua real significação. É no entardecer da vida que muitas coisas revelam seu real significado.[...]