Que pretensão a minha achar que poderia descrever uma história como essa. Os fatos passam pelas minhas mãos, mas quem os controlam, são elas. Não entendo o nome que me deram, Senhora do Destino, eu não sou nenhuma senhora, tampouco o destino se submete a mim. Eu apenas danço na música que vocês emanam.
Em uma de minhas danças, dancei ao som de duas sinfonias distintas, mas que se casam tão bem, que sempre se encontram. Dessa vez, a sinfonia era pesada. Uma tocava notas agudas, revoltadas, sombrias, ao acaso; a outra, por sua vez, um som mais calmo, ainda assim pesado, firme, grave. Dessa vez, se viram pela metade primeiro, não se escutaram, mas se refletiram como sempre se refletem.
Nessa dança, os movimentos são mais brutos, imprecisos, até ganharmos confiança, sempre ganhamos. Todavia, em todas vidas, em todos ritmos, em todos sons, assim como há a confiança, há o trauma. Será que dessa vez eu continuarei a dançar a melodia que esse encontro de almas sempre me proporciona?
(Gente, eu não sei fazer capa, mas essa é uma história Juliantina. As personagens não me pertencem, pertencem à bipolar Televisa)