O som agudo constante assombrava meus pensamentos, pois era o hino de sua morte. Seus olhos sem vida me visitavam todas as noites, pois eram a evidência da minha negligência. O choro de seus pais preenchiam minha alma até nos momentos mais silenciosos. Às vezes eu me convencia de que meu estilo de vida era retaliação pelo meu pecado mortal. O estupro diário era minha punição. Mas haviam aqueles momentos singelos, únicos e rápidos. Os momentos de ternura em que Park Jimin me tomava em seus braços e me escondia do mundo. Aquele abraço era como um remédio do esquecimento, perfeito em sua delicadeza e calor humano. Jimin era a única pessoa fora a bebida amarga e embriagante que me fazia esquecer o inferno da minha vida