Depois que a gente começa a escrever e que as pessoas se identificam com os textos, as coisas acontecem de uma forma que autor nenhum consegue controlar.
Logo após ter publicado o segundo conto um e-mail surgiu na minha caixa de entrada, a qual deixo livre para os leitores expressarem-se. Além de me entregar palavras motivadoras com a intenção de me fortalecer nessa minha caminhada pela escrita, a pessoa, autora da mensagem (que não se identificou e parece ter feito um endereço eletrônico específico para me escrever), me contou a história que me inspirou a escrever este conto.
Eu li com olhos, coração e com outras coisas além. Um relato extenso de um acontecimento antigo, do começo dos anos 2000, que permanece atual. Que permanece no estômago de quem o viveu.
Depois respondi, precisava de mais informações, precisava do "e-mail original". O recebi. Não o transcrevi, o re-inventei.
Como criador eu me sinto livre para dar ao conto a forma que eu considero justa tanto com a confissão recebida quanto com os leitores que reservam um espaço do seu tempo para a leitura.
Este conto não estava nos meus planos, não era para ser o terceiro da fila, mas se tornou real e por isso urgente.