A Rapariga sempre esteve no escuro. Sentada. De joelhos ao peito. No escuro. Sempre foi assim. Até que o sempre tornou-se o nunca e as luzes acenderam-se. Depois, anda pelo corredor até deparar-se com linhas em cima de linhas que formavam desenhos de portas situadas umas em cima das outras. Ela passa de porta em porta sem voltar ao corredor e, dentre reflexos que saem de espelhos, bailes sem paredes , violinos perseguidores, sonhos que queimam, sombras por baixo do chão, uma mãe completamente doida e membros cosidos por cordas azuis, mal sabia a Rapariga que ela é que havia pintado as próprias portas.
7 parts