Meu cavaleiro

- Onde está você, Elizabeth?
Ouvi o rangido da armadura do meu cavaleiro. Ainda debaixo da enorme mesa de madeira maciça, abafei uma risada e abracei minha pequena boneca nos braços, a toalha branca cobria perfeitamente meu esconderijo.
Arregalei os olhos quando o rangido de sua armadura cessou completamente deixando apenas um silêncio ensurdecedor da noite, tão quieta quanto podia engatinhei até a beirada da toalha e levei a mão para ergue-la.
- Achei você! - A voz grave me fez pular e gargalhei ao sentir cócegas no pescoço. - Vamos, Verônica deve estar procurando você.
- Eu não quero dormir! - Fiz birra quando meu cavaleiro tirou-me de meu esconderijo.
- Se você não dormir, não irá conseguir brincar amanhã. - Ele retruca e delicadamente me segura em seus braços.
Sorrindo tombei minha cabeça em seu ombro e observei o modo que seus cabelos loiros enrolavam minimamente em sua nuca.
- Promete que vai brincar comigo, Meliodas? - Perguntei em um bocejo.
Seus olhos verdes deixaram de observar o corredor escuro do castelo para observar-me.
- É uma promessa para minha princesinha. - Meliodas sorriu e colocou a mão sobre minhas costas quando não consegui manter os olhos abertos.