Ja faziam umas duas semanas desde que o belo templo grego de Hades havia sido destruído pela santa inquisição. 19 das 20 sacerdotisas haviam morrido na fogueira. A mais nova delas recebera um sentença pouco menos cruel, fora amarrada à um tronco em uma praça em Roma. Naquela noite uma tempestade praguejava contra a cidade como se Zeus estivesse se vingando dos homens. Um raio em especial caiu no tronco no qual a menina havia sido amarrada. A madeira partiu-se ao meio soltando a corda que prendia a garota. Ela correu. Correu até o porto onde implorou a um mercador que saía com um barco para que ele a deixasse onde quer que ele estivesse indo. Ele cobraria um preço ao fim da viagem e ela aceitou sem muita escolha. Foram 6 horas de barco até Veneza e quando chegaram ela pagou o preço. O homem tocou-a de modo bruto e horrível mas era menos cruel do que morrer pelas chamas. Ela conseguiu voltar a caminhar após algumas horas. Seu ventre doía. Percorreu toda Veneza batendo de porta em porta suplicando por ajuda. Foi xingada por muitos, molhada por baldes de água e ferida pelos mais furiosos. Já tinha anoitecido quando foi surrada por um servo de um senhor dono de uma das belas mansões daquele lado. Ficou lá, caída na calçada.