Perdão. Depois do amor,ele é o mais superestimado dos sentimentos. Na bíblia,nas músicas,nos livros,no dia a dia. Todos adoram dizer o quanto perdoar é libertador e faz bem a quem dispõe de tal capacidade. Só esquecem de te falar como é difícil abrir o coração e esquecer tudo que aconteceu. Como confiar de novo em quem te escondeu coisas tão importantes e traiu tudo o que construimos juntos? Como acreditar em algo que foi construído sobre uma mentira e a custo do sofrimento alheio? Já se passaram dois meses desde que rompemos e não houve um dia em que eu não tivesse certeza do nosso amor e quisesse tê-lo integralmente em minha vida,mas sempre que penso nos nossos bons momentos,lembro que só aconteceu porque ele fez o que fez. Fora do meu tão conflituoso universo particular,as coisas seguem seu curso normalmente. Graças a Deus,o Pedro e a Amora estão crescendo fortes e saudáveis,embora não tenham ganhado peso até a última ultrassom. O julgamento do Santana já foi marcado e torço para que ele seja absolvido,ou pegue pena mínima. Apesar de tudo,não quero ver o pai dos meus filhos encarcerado. Papai e Amarildo ainda estão resistentes e nem conseguem dividir o mesmo espaço com Luan. Ao contrário de mamãe e Mari,que não fazem questão de esconder o quanto torcem pela nossa volta. Tales,Bruna e Vicente estão mais felizes do que nunca e formam a família mais linda que eu já vi. Em todo esse tempo,eu e Luan só nos encontramos nos dias de exames e ele não perdeu oportunidades de flertar ou "forçar" uma recaída. Confesso,que não foi fácil resistir,mas não me sinto confortável para ceder. Não sei o que o destino reserva para nossa estória e só desejo que sejamos felizes,independente de como e com quem. Minha mãe gosta de dizer que o perdão é uma das características do forte,só não sei se tenho toda essa força.
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