Ele é perigoso , e ela sabe disso! Ela sabia que ele era perigoso, um ser mergulhado nas trevas, e ao encarar aqueles olhos verdes como musgos obscuros, percebeu algo mais profundo - uma sombra sinistra que parecia engolir tudo ao seu redor. O fogo que ardia dentro dela não era a única coisa que a consumia; havia algo mais, uma escuridão que parecia chamá-la. Deveria se afastar, mas o medo não foi o que dominou seus pensamentos. Em vez disso, uma necessidade visceral tomou conta dela, um desejo tão intenso que parecia ser a própria essência de sua existência. Ela precisava dele com a mesma urgência com que se necessita do ar para respirar, como se sua própria sobrevivência dependesse disso. Eydan sabia se esconder nas sombras com maestria. Embora não fosse um homem de boas intenções, entendia a necessidade de manter as aparências. Afinal, que proveito se pode tirar da vida quando se está atrás das grades? O campus, silencioso e discretamente escolhido, não era nem vigiado demais, nem completamente negligenciado. Era o cenário perfeito para suas "aventuras noturnas", um lugar onde a tensão se desenrolava sob a superfície calma. Lidar com um transtorno já era um desafio, e controlá-lo era um tormento constante. Amor? Isso era uma ilusão, um delírio. Necessidade? Era pura e crua, uma fome que não podia ser saciada. "Certa vez, ouvi dizer que para tocar o coração, é preciso tocar o corpo onde ele pulsa." Um romance impossível, mas quem disse que não se pode ter uma paixão igualmente improvável?