No piano o som de Bethoven flui, através dos meus dedos... de forma profunda eu entro na música, meus dedos voam pelas teclas enquanto meus olhos estão fechados...
Minha mente está em cada nota tocada, até que um som que não sai do piano ecoa pelo local.
Eu sei do que se trata, eu sei quem é... Um pai furioso, decepcionado, frustrado... Meu pai!
- Como ousa me envergonhar dessa maneira Anya? - meu pai se aproxima de mim, o ódio é nítido em sua face...
[...]
Quem diria que em um ato impulsivo de rebeldia, minha vida mudaria da água para o vinho, naquele dia meus sonhos foram destruídos.
Meu pai me venceu, não posso mais dançar, a música não faz mais parte da minha vida e junto dela, a minha alegria foi embora.
Na frente do espelho, removo meus piercings, visto uma saia lápis, com uma blusa social e saltos.
Entro no avião e volto para o Internato, tendo como missão terminar meus afazeres e voltar para a empresa, para a minha sala, minha mesa, meu noivo, as responsabilidades de um Albert.
E se eu morrer?
Talvez essa seja a solução, para o caos que estou vivendo...