Muitos vão dizer que é mentira minha, outros irão falar que sou uma mentira, mas o que eu havia vivido naquele lugar, foi intenso, estranho, prazeroso, foi uma grande confusão, mas acima de tudo, foi viciante, a cada dia que passa, penso no que eu deveria ter aproveitado, talvez aquele mapa ou aquele livro poderiam ter me ajudado mais se tivesse mais concentrado, poderia ter ido mais a fundo naquela floresta, queria ter investigado cada sumiço. Jamais sonhei que teria sido essa pessoa, como poderia ter tanta crueldade em seu coração. Mas Nesse momento só o que vem em minha cabeça é como vou sair deste lugar, sei que acháreis um jeito eu não me chamo Christy. E com toda a certeza do mundo continuarei em busca da minha vingaça.
#VENCEDORTHEWATTYS2022 |
O corpo.
As palavras soam como um estalo na minha mente.
Olho para Daisy e Cassie no banco de trás, ainda assustadas, pálidas como se tivessem visto um fantasma. Destravamos os cintos e saímos do carro, ficando instantaneamente sóbrias, correndo na direção de Sarah, que está parada há alguns minutos diante do corpo jogado de barriga para baixo no meio da rua, nos impedindo de ver o rosto. (...)
Cassie se ajoelha e checa o pulso do garoto jogado diante de nós. Já sabemos a verdade, mas torcemos para que seu coração ainda esteja batendo. Torcemos para que ainda haja esperança.
Mas não há.
Ela vira o corpo para cima para vermos o rosto. E lá está ele: Dylan Hastings, de olhos abertos, mas não vivo. Há sangue espalhado por todo o seu corpo, e recuo para trás assim que vejo. Seus olhos, que mais cedo estavam sorridentes, agora já não expressam nada além de um enorme vazio. Sinto uma pontada no estômago. A qualquer momento posso vomitar.
Dylan Hastings está morto. E nós somos as responsáveis por isso.