Então era assim que se sentia uma adolescente órfã? Mas Mia não era órfã, ela tinha uma mãe assassinada, um pai que nunca conheceu mas que se tornou seu tutor legal e um irmão que é a sua razão de viver! Mesmo assim, viver não está nos seus planos. Caminhou lentamente até á pequena lagoa, Duarte tentara ensina-la a nadar quando ela tinha 10 anos, nunca conseguiu aprender. Mas ela não precisava nadar, ela só precisava morrer. Faltou-lhe o ar, amarrou o seu pescoço e lutou para alcançar a superfície… era um impulso, uma reacção. Era aquilo que ela queria? Morrer? Fechou os olhos e chorou, chorou mesmo que no meio de tanta água não se conseguisse diferenciar as lágrimas salgadas. Mas deixa-la ir não estava nos planos dele. Amarrou-a fortemente contra o abdómen e ela encontrou os seus olhos azuis. Era um anjo, o seu anjo! E foi assim que ela encontrou mais uma razão para viver!