Agatha não é normal, ou é normal, já que normal é ser diferente. As diferenças de Agatha, sutis e despercebidas para as pessoas, na verdade eram diferenças gritantes para ela. Tudo sempre foi muito intenso: toque, abraço, beijo, sentimentos, emoções.
O problema, ou não tem problema, é que Agatha não sabe quem ela é, e descobrir quem ela é consiste em uma palavra: Rótulo. Agatha deveria ser ansiosa, estressada, depressiva, mas tinha que ter um nome para defini-la, coloca-la na posição de diferente não era suficiente e tacha-la como normal não fazia sentido, porque ser normal é ser como todo mundo e ela não é como todo mundo.
Este livro conta com sutileza, as passagens mais marcantes da vida de Agatha até os dias de hoje, e a partir da leitura, você poderá entender um pouco quem ela é e como ela pode ser normal, mesmo sendo tão diferente.
Agatha pode ser eu, você, qualquer pessoa, não tem cor de pele, não tem tom de olhos, Agatha é todos, pode ser qualquer um.
O objetivo é discutir com leveza assuntos tão fortes e ao mesmo tempo ainda vistos como tabu, dentro de uma narrativa que aproxima o leitor a realidade de muitas famílias brasileiras, a realidade que ele conhece.