Ah, o amor! Borboletas no estômago, olhos brilhando e mãos suadas. Acho que toda menina cresce ouvindo histórias sobre a princesa que se apaixona pelo príncipe e ambos vivem felizes para sempre e acaba desejando ter o mesmo. Um amor tão grande, tão forte que faz suas pernas tremerem, que, quando pensa na maciez dos lábios, só quer que o mundo pare para poder ficar ali, dentro dos braços da pessoa que mais ama no mundo, sentindo o seu perfume e lembrando de todos os momentos que viveram juntos e que agora são memorias felizes guardadas no fundo da alma esperando para serem revividas, pensando no futuro que não pode ser visto sem um pertencendo ao outro.
Às vezes, eu paro e penso como seria sentir isso, estar apaixonada. Amar tanto uma pessoa que quando pensa nela, parece que vai explodir e chorar ao mesmo tempo. Aí eu lembro, não consigo me apaixonar, não importa o quanto eu tente, o que começa colorido e cheio de vida acaba desbotando com o tempo. Pelo menos pra mim. E essa é a pior parte, ser a vilã da história.
Sabe aquela cena do filme Malévola, em que as fadas estão "abençoando" a Aurora? Então, deve ter sido isso que aconteceu comigo, fui abençoada com a beleza e vida que muitas garotas desejam, mas também fui amaldiçoada a ser uma vadia sem coração. Quando ainda estava no ensino médio, tentava a todo custo sentir algo por alguém, e foi nesse período que me começaram a me chamar de rainha dos corações.
"Pessoas arromânticas são pessoas que não sentem atração romântica por nenhum gênero. Algumas pessoas arromânticas não sentem atração romântica por ninguém, enquanto outras se apaixonam só de vez em quando."