Persephone Hall nunca gostou do normal. Quase tudo em sua vida era o oposto daquilo, e tudo bem por ela, normal era superestimado. Desde o seu nome, até mesmo a forma que ela se portava em um enterro, os parâmetros da normalidade não eram o suficiente para abrigar aquela garota feita de aço e gelo. Ela nascera assim; distante, fria e pouco confortável em expor o quê sentia. Com 18 anos, um temperamento instável e um pai recém falecido, a menina aceita a notícia de que ela e sua mãe voltariam para a cidade natal, para morar com a amada vó, como uma benção. Lá ela teria tempo e espaço para entender o luto e descobrir uma forma de viver com ele, tentando não ceder a tristeza sem fim de ter perdido seu pai, seu amigo, seu confidente; a única pessoa que sabia que Persephone tinha uma voz capaz de colocar reis e rainhas de joelhos. Mesmo com o manto pesado do luto querendo derrubá-la, ela se arma até os dentes com uma coragem e determinação vacilante, e enfrenta a cidade que um dia já foi seu lar. Quando ela conhece uma possível amiga, doida e leal como ninguém, e uma banda talentosa com a vocalista impetuosa e estonteante que fizera seu coração errar uma batida, parte daquele aço derrete para forjar as rachaduras de seu coração e prepará-lo para lidar com novos sentimentos pela aquela com um nome tão "normal" quanto o seu.