Auro sentiu uma névoa muito forte e densa sobre si, e aquele cheiro pungente de fumaça, ouvia os gritos de dor e desespero, e no mesmo instante sabia onde estava, aqueles pesadelos que sempre se repetiam desde que ela é capaz de lembrar. Já havia ido a médicos, feito terapia, regressão, e até mesmo ido em um médium, sua mãe chegou a suspeitar de que os sonhos poderiam ser lembranças de outra vida ou algum fantasma tentando se comunicar. Mas Auro sempre sentiu como uma corrente elétrica em todo o seu corpo que aqueles sonhos, os gritos, desespero, dor e medo, a destruição não eram lembranças, aquilo era o futuro. Auro temia aquele futuro mais do que qualquer outra coisa, preferia estar louca do que certa, porque se aquele era o futuro aquele também seria o fim de tudo.Alle Rechte vorbehalten
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