Eu não falei sério quando disse que não te amava tanto. Eu devia ter evitado isto, eu nunca devia ter deixado você ir embora. Eu não sabia de nada, eu fui estúpida, fui burra. Eu estava mentindo pra mim mesma!- a letra daquela música nunca havia dito tantas verdades sobre toda a bagunça que estava na minha cabeça naqueles últimos meses. Eu não poderia mas viver aquele teatro de melhor amiga, ou de amizade liberal por muito tempo. Aquilo tudo já havia acabado demais com meu psicológico para ser só uma simples amizade, eu precisava aceitar de uma vez que tinha que dar um ponto final de uma vez por todas! É como viver um luto, por mais doloroso que possa ser no início uma hora você vai deixar de estar vivendo a pior das dores, e o sofrimento não te afetará mais, não será mas algo parcelado e você estará livre. E bastou aquele acidente para confirmar tudo. Era um tapa na cara cada estrofe cantada daquela maldita música que escutávamos juntos, eu sabia que ele não dava a mínima para a letra, não dava a mínima para nos nossos momentos de descontração, e eu era burra por esperar coisas dele, burra por criar expectativas, burra de acreditar que ele levaria aquela música como algo sério e íntimo, burra por ter alimentado algo que já estava na cara que não daria certo, e mesmo assim preferia acreditar que uma hora o jogo iria virar ao meu favor, e no final a única coisa que acontece é eu me mancar e ver que nunca daria certo, e eu estava tão afetada e abalada emocionalmente e psicologicamente que decidi mudar minha vida inteira para evitar mais problemas e contato com o cara que havia causado tudo. Estava esgotada por ter me submetido a muitas coisas que me matavam por dentro, por medo de afasta-lo e perde-lo de vez, mas como perder algo que nunca foi seu? Eu me perguntava frequentemente. Querer fugir naquela altura do campeonato era o mais certo a se fazer. Ele não dava a mínima, e tava vivendo sua vida adoidado, e eu não poderi