Há uma velha ciranda cantada aos quatro ventos que ressoa o caminho do bem e do mal, como indicativo do caráter humano. Não importa exatamente a sua história, seus dramas e o contexto em que se insere, pois a dualidade entre o certo e o errado sempre prevalece. Bruno Ferrero e Megan Lawrence não escapam dessa regra e dos julgamentos que dela decorrem. Duas vidas distintas que jamais se encontraram, cujo caráter é colocado à prova por certa crueldade e coincidência do destino, fazendo-os tomar decisões, equilibrar a balança da vida ou render-se de vez às suas atrocidades. Certo ou errado. Bem ou mal. Cruz ou espada. Megan torna-se mera assistente do espetáculo macabro que sua vida se tornou, quando o errado supera o bem e a espada parece ceifar sua vontade, guiada pelas mãos de Carl Lawrence, seu esposo e algoz. Bruno assiste não apenas seus conceitos, mas toda a sua vida mudar quando um tumor é encontrado na sua pequena Sophia, fazendo-o perceber que a humanidade não passa de uma zona cinzenta e sem definição. Torna-se consciente que a linha tênue que separa a honestidade e o engano apenas confunde os tolos que não compartilham da perversidade da sua vida. Ela inicia sua luta para demonstrar que, apesar de existirem motivos suficientes para seguir por caminhos escusos, o equilíbrio da sua jornada jamais se inclinou para eles e as ilusões que nublam a visão de seu esposo não passam de meras fantasias. Ele compreende que o certo se confunde com o errado, o bem não existe sem o mal e a espada pode ser fincada na cruz, quando deposita suas esperanças de cura em decisões duvidosas, planos questionáveis e em seu passado sombrio. Feridos e amordaçados em meio a tantas incertezas, inseguranças e angústias, Bruno e Megan se reinventam, reequilibram suas vidas e reescrevem suas histórias, certos de que a vida não passa de uma ciranda de ilusões e cabe a eles definirem suas próprias realidades. Capa: Melissa de Sousa
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