Rotina. Acordar às 6 da manhã, tomar banho. Secar o cabelo. Pegar ônibus. Ir pra escola. Caminhar até o trabalho. Almoçar. Trabalhar até às 6 da tarde. Ir para casa. Dormir. Tudo se repete. Os meus dias estavam tão tediosos que eu implorava por qualquer tipo de coisa, seja uma pessoa, um objeto ou um lugar, que me tirasse do tédio profundo da rotina. Não que eu não gostasse da minha vida, é claro. Tudo estaria estupidamente certo aos olhos de terceiros. Estudos, trabalho, amor. Os três pilares pra sustentação psicológica de qualquer pessoa do século 21. Então porque diabos tudo parecia tão errado? Porque diabos eu não aguentava mais olhar os mesmos rostos todos os dias? Me peguei pensando no tipo de pessoa que eu queria ser no futuro. Apesar de tudo, eu parecia viver exclusivamente para os outros, e não pra mim mesma. Sempre fui o tipo de pessoa que não se importou em deixar de lado as próprias ambições se isso significa fazer as outras pessoas, nem que seja um pouco, mais felizes. E eu acabei me perdendo. O que eu gosto de fazer? O que eu gosto de fazer sozinha? Dormir? Comer? Ver um filme? Ler livros, praticar esportes, cozinhar, estudar? Tudo parece ser tão tedioso. Até que... Ele iluminou os meus dias mais escuros. A pessoa que eu menos esperava. Enquanto eu caía no fundo do poço, foram os braços dele que me seguraram e me prometeram que tudo ia ficar bem. Foi ele quem confortou meu coração e me trouxe paz. Uma paz da qual eu não provava há muito tempo.