Uma soma de imagens. Um mosaico de reflexos. É na percepção do outro que se borda a própria individualidade.
Mas é quando se é uma folha em branco?
Quando não há nada? nenhuma representação?
Macarena passou a vida do lado de fora, olhando para dentro. Sempre uma forasteira. Amaldiçoada desde o nascimento, ela é invisível, não apenas para si mesmo, mas para todos. Não sabe como é seu próprio rosto. Sem o olhar do outro, é incapaz de desenvolver o seu.
Ela vaga por Nova York, à deriva, em um esforço continuo para não desaparecer completamente. Sua mãe morreu, e o pai é apenas um cartão de crédito. Sua essência está cada vez mais fraca, quando um milagre acontece, um milagre chamado Bárbara Elisabeth.