Doce Vingança: Evelynn e Vayne
Aos dezesseis anos de idade, Vayne se deparou com os pais mortos diante da cama, seus corpos ensanguentados e uma mulher com chifres e um sorriso completamente frio. Diante da agonia de Vayne, a demônia em sua frente só ampliava o seu sorriso.
"Por quê?" ela sussurrava, tremendo, sem reação, sem saber exatamente o que fazer.
"Tenho uma pergunta melhor: por que não antes?". O quarto parecia estar mais escuro conforme a demônia ampliava o olhar, deslizando pelo corpo da menina diante de si. Os olhos amarelos pareceram brilhar com diversão e essa foi a gota d'água para Vayne.
Apontando um dedo em direção a mulher misteriosa, prometeu:
"Um dia a encontrarei, matarei você e terei o mesmo sorriso que estampa agora em seu rosto. Matarei todos os seus iguais".
Ela sorriu, com as presas parecendo quererem saltar no pescoço da menina.
"Ah, docinho, eu a esperarei com muito prazer. Mas cuidado, pode ser que eu te cace antes", riu sombriamente, causando um arrepio na nuca de Vayne. "Evelynn, guarde bem esse nome, garota".
E então partiu, se tornando completamente invisível aos olhos dela.
Diante da cama com o que restara de seus pais, Vayne se ajoelhou, chorou impiedosamente e repetiu a promessa até que adormecesse. Quando acordou, sabia o que tinha que fazer. Evelynn, ela deveria morrer.
Pelo menos era este o plano, mas a estrada para conseguir chegar ao êxito era longa. Mortes deveriam acontecer, uma possível guerra rúnica aconteceria novamente e novos sentimentos surgiriam por entre as sombras, ou deveria dizer: na escuridão?
