Sou a militância, a luta, o poder, a igualdade entre gêneros, sou o feminismo, sou a conquista demorada a ser alcançada, sou o direito ao voto, sou a preta advogada, sou aquela que foi escada para o branco mas aprendeu a suportar, sou a África que grita por socorro e ninguém escuta.
Sou o ser humano tosco que vocês brancos engomados repudiam, pisam e sentem nojo, eu sou o a preta suja motivo do seu gozo que tu buscava todas as noites na senzala e logo descartava.
Sou a poesia marginal que a sociedade hipócrita odeia e tenta silenciar, sou a preto morador da FAVELA que vocês insistem em assassinar e dizer que foi engano ou que foi motivo de bala perdida, sou a mãe em trabalho de parto no chão podre do hospital, sou a criança na emergência esperando na fila para transferência.
Eu sou a escola que se fecha, sou o professor sem emprego e reconhecimento, sou o aluno formado e sem oportunidade, sou morador de rua sem respeito, eu sou o descaso, a má organização, o sujeira social atual talvez... Só por que trago verdade nas poesias e em todas as vezes que pego na caneta.
Sou a verdade que não quer ser dita ou ouvida, e que não deve ser guardada.
Reais verdades quando guardadas pra amenizar a sociedade armas são engatilhadas e pessoas eliminadas pela própria hipocrisia social...
Eu sou a verdade na poesia marginal e nada mais.
Coletânea de poeminhas, pensamentos, filosofias, estórias e crônicas de uma pessoa simples que ama o silêncio, porque a própria mente já é barulho demais e que vive sua própria ficção.
Todas segundas, quartas e sextas... 3 novos poemas por semana, até o fim da edição.
Quem sou eu?
Simplesmente Ticobartu!
Doutor em besteirologia, idiotices paradoxais, bobagens aleatórias, poeta, cantor, dramatico e sonhador