Acho que sempre soube internamente que isso aconteceria. No fim das contas terminamos juntos, contrariando todos os avisos e as censuras. Não havia o que pudessem falar de qualquer forma, nós dois atraíamos o outro como a própria maré puxa em dias de bandeira vermelha: violenta e impiedosamente, afogando os desavisados e assustando os desacostumados.
Dizem que mar calmo nunca fez bom marinheiro, mas nunca nos avisaram sobre amores turbulentos. Não houve nem uma dica do que viria a acontecer quando nos reencontramos, naquele começo de verão carioca, anos atrás. E agradeço aos deuses por isso.
Esta é apenas mais uma história de amor, feita sob medida pelas fantasias de meu coração. Mais uma vez, escrevo sobre como a paixão nos faz tomar decisões inesperadas, mas com a carga consequencial da vida adulta. Se a Lei de Murphy pudesse ser aplicada ao amor, diria que conseguimos superar esse amor errado vindo na hora errada.
Com você as coisas se encaixam, de qualquer forma.