Dividiria a obra, metódica e interpretativamente, em três modalidades dianoéticas: a) existencialista, b) mística e c) analítica. A parte mística se concentra, mormente, nos sonetos e nos primeiros poemas do livro, antes do poema mais extenso a respeito da Índia antediluviana. O misticismo da poesia de "Meditações" é fundamentado em três preposições fundamentais: a) de que tudo é derivado dum princípio Uno, e, devido a isto, todos teriam uma mesma gênese, sobre as mesmas leis e unidades dimensionais da consciência, b) de que o homem é, por natureza, sagrado, e, na matéria, deverá obter honradez, sabedoria e clemência sumamente para resgatar sua santidade e c) de que a religiosidade do homem deve focar-se não no objeto, mas sim no sujeito, i.e., o ser por si mesmo e sua relação com a divindade cósmica e o universo por ela regido. A parte analítica se concentra na sua historicidade poética e no seu estruturalismo lírico, que é visível no poema narrativo da Índia antediluviana, nas éclogas ou bucólicas, e nas baladas, as quais esquematizam com conteúdo vocabular-léxico-nominal sobremodo heurístico no tocante aos seus temas, com sutis inspirações do naturalismo e do erotismo. No caso das éclogas, e.g., comenta-se acerca do povo rural nas suas raízes e nos seus substratos quotidianos testemunháveis e infere, doravante, as suas grandes vantagens sobre a urbanidade vigorante atualmente. O existencialismo de "Meditações" é subsidiado por 43 poemas, os quais são simultaneamente filosóficos e cabonde místicos, refletindo sobre a realidade no seu cerne, agrupando, como elementos de inquirição, p. ex., a identidade individual com o mundo e o papel situacional do coletivo com os infortúnios ou os êxitos ao decurso da vida. Discursa sobre conceitos filosóficos até hoje amiúde discutidos, como, e.g., amor, dor, compreensão, vontade, felicidade, frustração, existência, destino e &c.