Foi no desembestar do vir-a-ser que Iohan se jogou,
Em sua peleja por si mesmo, chegou no sertão de Santa Luzia padroeira,
E pra aquelas bandas, nos olhos castanhos de um certo Nico, ele se abestalhou,
Amor incompreendido, romance proibido, delicado igual flor de pitangueira.
Veio como mensagem para Iohan no tarot de uma cartomante,
Arcano dos enamorados, da morte, e a alma sebosa do enforcado,
Iohan era cabra macho, e precisava ser, estava na terra da joia mais rara que diamante,
Turmalinas paraíba, as pedras que foram enviadas pelo Diabo.
Terra de brutalidade, mas também de compaixão,
Os endinheirados e seus contrabandistas pareceiros,
Arrancavam turmalina com o sangue dos mineiros derramado no chão,
A revolta se instaurou, pela honra de Lampião e outros cangaceiros.
A morte perseguia o amor de Nico e Iohan diante de Santa Luzia no céu,
No meio da guerra das turmalinas, por entre as facas e entranhas,
Eram fulô de mandacaru, eram as mais bonitas xilogravuras daquele cordel,
Se teus olhos fossem mar, eu me afogaria nessas águas castanhas.
Matheus e João Pedro se amam de forma pura, intensa e inevitável. Desde o primeiro olhar, quando ainda eram apenas crianças, carregam no peito uma certeza silenciosa: Foram feitos um pro outro. Enquanto seus corações se aproximam, o mundo ao redor os empurra pra lados opostos.
Vivendo em uma cidade onde as aparências valem mais que sentimentos, eles sentem o peso das expectativas familiares e de amigos, julgamentos sociais e a constante ameaça de terem seu amor negado por aqueles que insistem em dizer que o amor deles é errado. Seu amor floresce em espaços silenciosos, olhares cruzados, toques escondidos e promessas sussurradas na escuridão.
Eles não querem viver uma história de "Era pra ser", eles querem ser, querem sentir, mas no meio disso... existe o medo.
Essa é uma história sobre coragem, amor, sacrifício e a beleza de um amor incondicional de dois homens que foram feitos um pelo outro.
Disclaimer: História fictícia, sem nenhum envolvimento com a realidade