As pupilas esmeralda cintilante escondiam uma fusão horripilante de analgésicos, antidepressivos e ansiolíticos. Seus lábios finos sopravam as mais belas palavras. Dispunha de traços tão delicados quanto uma flor ao desabrochar. Aprisionado em sua própria esfera de tormentos, Harry Styles crescera rodeado de livros, criando amigos invisíveis em páginas amareladas cujo cheiro ainda conservava nas mãos. Escrever tornou-se sua paz. Não demorara muito tempo para que fosse reconhecido mundialmente como o maior romancista de sua geração. Mas, agora, era ruim ser aclamado: precisava, urgentemente, publicar uma nova obra original. Seu melhor dom era também o seu principal demônio e Leona Theron, o exorcismo. Quando ela lhe toca a pele, é como tocar as teclas pertencentes ao seu precioso piano. Um sentimento insano que ultrapassa qualquer entendimento do jovem escritor.