Essa presente obra é uma coletânea de alguns dos poemas que eu escrevi ao longo da minha vida. Desde pequeno escrevo poemas, mas nunca me importei em guardá-los ou publicá-los até este momento. Resolvi organizá-los e publicá-los quando me dei conta de que a poesia não havia morrido, nem muito menos está ultrapassada, mas ela continua presente em nossas vidas, seja na escola, nos muros da rua e até mesmo nas redes sociais.
Tenho ouvido falar que a poesia pode mudar a vida das pessoas e isso é um fato, ela mudou a minha vida, a de alguns amigos e acredito que ela pode ser um agente de transformação, renovação e ressureição. A poesia tem a capacidade de eternizar emoções, ideias, pesadelos, angústias, traumas. Ela é uma pintura em palavras, um balão de gás hélio cheio com sentimentos e que, se você soltar, sai voando e perde-se por aí, até encontrar uma doce criança que irá salvá-lo. Poesia é não poder ser e também ser: não é música, mas com o ritmo certo pode ser; não é ciência, mas com um método aplicado pode ser; não é profissão, mas pagando bem ela pode ser. Ela pode ser muita coisa, mas também pode ser nada. Ela não é útil e nem precisa ser, porque o que te sustenta é a humanidade e, se existe humanidade, então existe poesia.
Para mim, escrever poesia é como ser um girassol, porque em nenhum momento enquanto escrevo eu perco de vista o brilho do sol, estou sempre de olho no horizonte, fazendo fotossíntese enquanto escrevo, buscando inspiração na raíz da natureza, no calor que sustenta a vida e dá energia, mas que também queima, mata e destrói.
Nosso mundo não é perfeito, mas nós também não somos, e poemas, como consequência de nossos pecados, podem ser crueis, torturantes e aterrorizantes. Somos resultado das escolhas que não tomamos, do comandante, do gerente, das mães... Fazemos parte do ciclo do tempo e vamos tolerar a realidade para que nossos poemas sejam divinos se