No sótão da velha casa imunda, a menina que se remexia na pequena cama agradecia pelo silêncio que se instalara. Aquele silêncio significava que talvez ele não viesse naquela noite. Talvez estivesse cansado. Talvez já estivesse dormindo. Talvez ela pudesse dormir sem dor. Ela permanecia de olhos fechados, como se o menor movimento de suas pálpebras pudesse acordá-lo. Ela sabia que ele estava lá embaixo. Ele sempre estava. E ele sempre vinha. Mas talvez hoje não.All Rights Reserved