bO mundo nunca imaginou que realmente iria acontecer, por mais histórias que fossem contadas, mais filmes que fossem feitos, nunca imaginaram que um dia a ficção seria realidade. Não se sabe ao certo como eles conseguem, mas assim mesmo estão lá, andando quando não deveriam, gemendo e rosnando quando nenhum som deveria sair de bocas, mas mesmo assim eles estão lá, comendo a carne daqueles que não conseguem fugir, rasgando os órgãos daqueles que não conseguem se esconder. Eles não têm compaixão nem arrependimento, na verdade, nem sei e eles poderiam ter tais sentimentos.
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Mortoss" como são chamados, estão por toda parte, dentro das casas, nas ruas, esperando, algum som que para eles possa significar comida, esperando qualquer movimento que indique vida abundantemente, e carne fresca onde possam arrancar aos pedaços, logo após a vítima se levanta, não mais como um vivo, não mais se lembrando da sua vida passada, não seria capaz de reconhecer a própria filha se assim tivesse.
Fazem trinta e sete dias que o mundo começou a morrer, dois terços da humanidade sucumbiu, e o que sobrou está se escondendo ou morrendo, mas mãos deles. No primeiro dia as fronteiras foram fechadas, no segundo dia as autoridades já não tinham mais controle sobre aqueles que estavam ou não contaminados, no terceiro dia os meios de comunicação caíram, no quarto dia os governos já não existiam mais, no quinto dia os meios de transportes de alimentos já não transitavam para nenhuma parte do mundo, no sexto dia a humanidade sucumbiu aro caos completamente, irmão jogando irmão para os mortos unicamente para ter mais um dia de vida, mães abandonando seus bebês ao acaso unicamente porque seu choro atraía os mortos. Deus criou o mundo em seis dias, e em seis dias o mundo foi destruído, a diferença é que eles não descansam, eles não param, eles não morrem.
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meu nome é Yan crísis, e estas são minhas memórias
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