- Victor. Tem momentos na nossa vida que a gente tem de aprender. Não queria que fosse assim, nem mesmo queria ser gay, mas é a minha verdade. Eu amo meu pai. Ninguém pode saber o quanto o amo, mas eu me amo também e me respeito. Amor é mais do que uma relação de família, mais do que uma questão de sentimento. Amor envolve respeito. Se ele não pode respeitar quem eu sou, ele não pode amar quem eu sou. Não da pra amar só partes de mim. É preciso me amar por completo. E se ele não pode fazer isso... Então se torna um amor doente. Espero que um dia ele entenda que eu sou feliz assim e que não posso deixar de ser feliz porque ele não me aceita. Victor refletiu por um instante. Sentiu uma dor no peito só de imaginar enfrentar essas dores. Não queria isso. Queria ser normal, aceito. - E as pessoas? O preconceito? - Quando deixamos de ser quem somos, vivemos em paz com o mundo, mas em guerra nós mesmos. Quando nos permitimos ser quem somos, vivemos em guerra com o mundo, mas em paz com nós mesmos. É uma escolha.