A terra não sangra. As árvores, no limite, têm suas seivas expostas. Quem sangra é bicho, bicha, mulher, homem, e não é por falta de grito, de gemido, de gesto, de suor. Não é por falta de terra, nem por falta de ter o que correr nas veias.
Conhecemos os limites que são transpostos e as suas piores e melhores justificativas. O desenvolvimento é a justificativa, não a razão fundamental. E, diferentemente de como aparecem e parecem ser, os acontecimentos não emergem aqui e ali, pontuais, solitários, desconectados, soltos entre si.
O que é o Brasil? Como pensar o Brasil para além das limitações, dos antagonismos? Afinal, é possível pensar que esses brancos vícios possam, assim, de repente, simplesmente não nos afetar?